Emissão em Português

Radio Exterior

A Emissão em Português trata de assuntos de interesse tanto para a Espanha como para Portugal, Brasil e os demais países lusófonos. read less
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Episodios

Emissão em Português - Começam as celebrações dos 50 anos da Revolução dos Cravos - 24/04/24
2 días atrás
Emissão em Português - Começam as celebrações dos 50 anos da Revolução dos Cravos - 24/04/24
Nesta semana, Portugal comemora o cinquentenário da Revolução dos Cravos, com uma vasta programação cultural presente também na Espanha. No dia 25 de abril de 1974, a Ditadura de Antonio Salazar foi derrubada por um movimento que uniu militares e população civil. Uma canção, até então proibida, 'Grândola, Vila Morena', de José Afonso, foi transmitida pelo rádio para avisar à cidadania que começava a liberdade, após 48 anos de regime fascista em Portugal e várias guerras em suas colônias. Além da democracia portuguesa, a Revolução dos Cravos também impulsionou o processo de independência das últimas colônias de Portugal: Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Timor-Leste. As atividades realizadas em Portugal e Espanha evidenciam a importância desse marco histórico para as democracias europeias e a cultura, como contam nossos entrevistados. Célia Mendes detalha a programação e o significado da semana cultural desenvolvida no Camões - Centro Cultural Português de Vigo, Daniel Ferreira, professor e colaborador do CCP Vigo, oferece uma amostra de sua aula aberta 'O 25 de abril na literatura portuguesa', marcada para sexta-feira (26), e o músico Manuel de Oliveira fala sobre a criação do concerto 'Lá no Xepangara', dirigido por ele para homenagear o cantor José Afonso e as influências africanas em sua vida e música. O show será em Madri, neste dia 25, quinta-feira.Escuchar audio
Emissão em Português - Referendo no Equador é termômetro de Noboa antes de eleições - 23/04/24
3 días atrás
Emissão em Português - Referendo no Equador é termômetro de Noboa antes de eleições - 23/04/24
Os equatorianos responderam "sim" com mais de 60% dos votos a 9 das 11 perguntas do referendo realizado no último fim de semana pelo governo do presidente Daniel Noboa. As questões versavam principalmente sobre segurança pública e buscavam o respaldo da população para o endurecimento das leis contra o crime organizado. Na análise do nosso correspondente em São Paulo, Alexandre Agabiti, este é "um exemplo de como a violência urbana pode ser capturada por interesses eleitorais e até mesmo contribuir para a erosão paulatina do Estado de Direito". O Equador terá eleições no ano que vem e esse referendo pode ser visto como um termômetro da campanha de Daniel Noboa à reeleição. Com essa vitória, os adversários da direita – espectro político de Noboa – perdem força e o caminho eleitoral para o atual presidente fica mais livre. O Equador vive uma onda de violência causada pela expansão do narcotráfico e a política "linha dura" adotada por Noboa no Equador – assim como a linha empregada por Nayib Bukele em El Salvador – é útil para ganhar eleições. Além de analisar o que significa ter o Exército atuando com a polícia na segurança da população civil do Equador, Alexandre Agabiti também atualiza o cenário da corrida eleitoral na Venezuela, trazendo um perfil do ex-diplomata Edmundo González Urrutia – nova aposta de candidato à presidência lançada pela oposição a Nicolás Maduro.Escuchar audio
Emissão em Português - Lula e Petro se reúnem em Bogotá em meio a crises regionais - 17/04/24
17-04-2024
Emissão em Português - Lula e Petro se reúnem em Bogotá em meio a crises regionais - 17/04/24
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o colombiano, Gustavo Petro, se encontram em Bogotá e Alexandre Agabiti analisa o contexto dessa reunião para além da agenda bilateral de Brasil e Colômbia, que são grandes parceiros comerciais, mas divergem sobre a exploração da Amazônia. A América Latina atravessa ao menos duas importantes crises regionais que marcam essa reunião. Por um lado, a invasão sem precedentes do Equador à Embaixada do México em Quito para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas gerou o rompimento das relações diplomáticas do México com o Equador – com os governos brasileiro e colombiano repudiando a atitude do Equador.Por outro lado, está a crise político-eleitoral na Venezuela: Lula e Petro são aliados políticos históricos de Nicolás Maduro e emprestaram seu próprio prestígio para tentar reabilitar Maduro no plano internacional, porém, os governos de Brasil e Colômbia já expressaram publicamente sua preocupação com o fato de a principal força da oposição venezuelana não ter sido autorizada a se inscrever como candidata às eleições de julho. Soma-se a este cenário, o fato de que a Maduro acaba de promulgar, de forma unilateral, a Lei Orgânica para a Defesa da Guiana Essequiba – um território guianense rico em petróleo que é reivindicado pela Venezuela desde o século XIX e que estava em negociação. Alexandre Agabiti também analisa o desmonte das universidades públicas na Argentina, com o corte no orçamento das instituições pelo presidente Javier Milei, que alega "doutrinação" na Universidade de Buenos Aires. O orçamento do setor para 2024 é 72% inferior ao de 2023. Tanto professores quanto alunos têm se mobilizado nas últimas semanas e devem participar de um grande protesto nacional, marcado para o dia 23 de abril.Escuchar audio
Emissão em Português - Sociedade civil pressiona governos a favor da Palestina - 11/04/24
11-04-2024
Emissão em Português - Sociedade civil pressiona governos a favor da Palestina - 11/04/24
Os principais atores que podem influenciar a mudança de postura dos governos de Estados Unidos e União Europeia sobre a Palestina são as manifestações da sociedade civil e das organizações democráticas que defendem valores humanitários. Esta é a análise de Everaldo de Oliveira Andrade, professor da Faculdade de História da Universidade de São Paulo e professor visitante da Universidade Complutense de Madri. "Penso que a morte de colaboradores da ONU e de outras organizações de ajuda humanitária não altera a política dos Estados. Milhares de jovens, inclusive jovens judeus nos Estados Unidos que não concordam com a política do Estado de Israel, têm se manifestado e isso é o que tem alterado a posição dos governos", analisa. Sobre a educação de jovens em Israel, controlada pelo Estado, Andrade destaca a análise da professora israelense Nurit Peled, que lecionava na Universidade Hebraica de Jerusalém. "Ela publicou alguns livros explicando como foram construídos os materiais didáticos israelenses e como foram educadas várias gerações de jovens e adolescentes. Isso é interessante para entendermos por que mais de 80% da população israelense apoia os ataques a Gaza. Segundo a autora, o Estado de Israel constrói uma imagem de que os palestinos não pertencem àquela terra (...). Eles são excluídos dos livros didáticos e, quando aparecem, são retratados como beduínos selvagens. Ela relata que há uma educação racista, que exclui os palestinos da cidadania e dos direitos". O professor explica que tanto Nurit Peled quanto o historiador Ilan Pappé, que pesquisa a partir de documentos e não de discursos, contestam essa concepção autoritária de Israel e, por isso, são alvo de perseguição por grupos sionistas do país. Já no Brasil, ele destaca o trabalho da historiadora Arlene Clemesha, diretora do Centro de Estudos Árabes da Universidade de São Paulo, como uma das principais vozes em língua portuguesa sobre a Palestina.Escuchar audio
Emissão em Português - No Brasil, 2 mil docentes formam rede solidária à Palestina - 10/04/24
10-04-2024
Emissão em Português - No Brasil, 2 mil docentes formam rede solidária à Palestina - 10/04/24
A rede solidária universitária que se formou no Brasil em solidariedade ao povo palestino já reúne mais de 2 mil professoras e professores e vem trabalhando em diversas frentes de informação e conscientização. Quem explica é Everaldo de Oliveira Andrade, professor da Faculdade de História da Universidade de São Paulo e professor visitante da Universidade Complutense de Madri. "É uma situação que exige um posicionamento dos intelectuais, dos docentes, dos estudantes e dos funcionários das universidades em defesa dos valores humanitários que devem ser respeitados em todo o mundo", avalia Andrade. "Foi redigido um manifesto nacional, que caracteriza a situação como crítica. Do nosso ponto de vista, o Estado de Israel vem praticando um terror sistemático contra a população palestina", afirma. "Existe muita desinformação", analisa o professor, que defende, junto à rede solidária, a liberdade do pensamento crítico dentro das universidades. Durante entrevista à 'Emissão em Português', Everaldo Andrade também resgata a história da disputa pela Palestina. "Esse é um conflito muito mais profundo. Ele não começou em outubro do ano passado (...). "Em 1947, a ONU resolveu que aquela região teria um Estado de Israel sem consultar a população que vivia lá (...), com a ocupação de territórios onde já vivia um povo (...). Expulsaram mais de 800 mil palestinos daquela região e essas pessoas nunca mais puderam voltar. Se tornaram refugiados", explica. O professor da Universidade de São Paulo destaca o trabalho do historiador israelense Ilan Pappé, que documentou a política planejada por Israel para a "purificação étnica dessa região. Ou seja, as populações árabes foram sistematicamente expulsas para a constituição de um Estado por Israel, onde os palestinos não teriam lugar". Escuchar audio
Emissão em Português - Elon Musk testa os limites da democracia brasileira - 09/04/24
09-04-2024
Emissão em Português - Elon Musk testa os limites da democracia brasileira - 09/04/24
Quando Elon Musk publica na plataforma X em defesa da liberdade de expressão, na verdade, ele defende o pivilégio de difundir seu apoio aos perfis de extrema-direita, que geram engajamento e lucro para o seu negócio. Ele não defende a liberdade de expressão em si, mas defende o privilégio de exercer um tipo de liberdade capaz de reprimir a liberdade de expressão do outro. Ou seja, ele reivindica o poder de exercer uma livre opressão. A análise é do nosso correspondente em São Paulo, Alexandre Agabiti, que atualiza as investigações so Supremo Tribunal Federal brasileiro ao magnata estadunidense, dono do X (antigo Twitter), que se negou publicamente a desativar perfis da rede social que são responsáveis por difundir desinformação, como discursos de ódio e antidemocráticos. Ao bater de frente com a Justiça Brasileira e com o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, chamando-o de "censor", Elon Musk quer intimidar o Estado brasileiro. Sua atitude, porém, pode provocar um efeito diferente do que ele esperava e adiantar o debate sobre o Marco Civil da Internet no Brasil. Além desse tema, Alexandre Agabiti também analisa a crise diplomática entre México e Equador, após a invasão da embaixada mexicana em Quito pelas forças equatorianas, que prenderam o ex-vice-presidente Jorge Glas. Agabiti lembra que invadir a embaixada de um país equivale a invadir esse país, de acordo com o Direito Internacional.Escuchar audio